Negócios com foco em produtos amazônicos recebem incentivo do Floresta+ Amazônia na região de Altamira

Sumário

Na última quarta-feira, 20, a bioecononomia da Amazônia ganhou impulso com o  lançamento e apresentação dos 12 negócios locais que serão apoiados pelo  Programa de Originação do Projeto Floresta+ Amazônia. O lançamento aconteceu em Altamira, no Pará, e representou o início da estratégia inovadora para fomentar práticas sustentáveis nos territórios Xingu, integrando desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Os negócios selecionados para participar do programa são dos municípios de Altamira, Senador José Porfírio, Brasil Novo, Porto de Moz e Vitória do Xingu, todos selecionados por chamada pública. A iniciativa faz parte do Projeto Floresta+ Amazônia, da Modalidade Inovação, no âmbito da Secretaria Nacional de Bioeconomia, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), além de execução local da empresa Neoventures.

Os projetos apoiados atuam em áreas de extrativismo vegetal, Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs), manejo florestal comunitário familiar de uso múltiplo, meliponicultura, turismo, artesanato, cosméticos e cultura. Além da geração de renda, os negócios têm como foco a promoção da sustentabilidade e uso sustentável dos recursos naturais.

Iniciativas desenvolvem atividades produtivas sustentáveis em cinco municípios

O assessor técnico do Projeto Floresta+ Amazônia, Giuliano Guimarães, ressaltou a importância da iniciativa para a Amazônia. “O programa é uma oportunidade de desenvolver as atividades produtivas que contribuem para a conservação da floresta. O apoio que será dado a estes empreendimentos permitirá que estas soluções se materializem, ganhando escala e gerando impactos positivos na região”, destacou.

Para a diretora de Políticas de Estímulo à Bioeconomia da Secretaria de Bioeconomia do MMA, Bruna De Vita, a iniciativa reforça o compromisso do Governo Federal com a sustentabilidade nos territórios amazônicos, sobretudo no Pará. “A bioeconomia é uma ferramenta essencial para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Com esse programa, buscamos estimular práticas que aliam conservação ambiental e geração de renda, fortalecendo um modelo econômico que respeita as particularidades da floresta e de suas populações”, completou De Vita.

Durante seis meses participantes terão acesso a mentoria técnica e estratégica especializada

O programa terá o período de seis meses. Durante essa jornada, os participantes terão acesso a mentoria técnica e estratégica especializada, conexões com investidores e parceiros estratégicos e integração com um ecossistema de inovação voltado à sustentabilidade.

“A Neoventures irá auxiliar os empreendedores e empreendedoras oferecendo consultoria e assessoria especializada para identificar os desafios de cada negócio e impulsionar a inovação, desempenhando um papel estratégico ao conectar os participantes às melhores oportunidades do mercado. Dessa forma, a empresa promove não apenas soluções criativas, mas também um suporte personalizado e um crescimento sustentável, garantindo que cada empreendimento alcance seu potencial máximo”, explicou a líder de projetos da Neoventures, Daniela Dantas.

Durante o lançamento, os participantes apresentaram os detalhes de cada projeto selecionado, esclareceram dúvidas e engajaram empreendedores, lideranças locais e parceiros em soluções que promovam o desenvolvimento sustentável.

Tradições – Vários dos projetos selecionados têm em comum a valorização de práticas tradicionais, como é o caso da iniciativa liderada pelo estudante e integrante da Comunidade Boa Vista, da Volta Grande do Xingu, Murilo da Silva. A iniciativa prevê o resgate de práticas culinárias e alimentares ancestrais usando mandioca, açaí e um fruto exótico e pouco conhecido fora da região, a golosa, usado para geleias e sucos. “Queremos valorizar as hortas tradicionais que nossos avós cultivaram e cultivam. Hoje em dia, a alimentação está se voltando muito para o consumo de industrializados. Queremos alertar para isso e valorizar as práticas da alimentação tradicional da comunidade, fortalecendo a segurança alimentar e o equilíbrio com o meio ambiente”, disse Murilo.  

A tradição é o ponto de conexão entre vários dos projetos contemplados

Outro projeto também tem o equilíbrio com o meio ambiente como foco, usando as práticas do turismo comunitário, segundo explica Claudevan da Silva Santos, indígena Juruna da Comunidade Pacajaí, da Volta Grande do Xingu, em Senador José Porfírio. A iniciativa selecionada prevê abrir as portas da comunidade ao turismo sustentável, liderado pelos próprios indígenas, que vão guiar trilhas, visitas e banhos em cachoeiras e praias, caminhadas ecológicas, vivências, pesca e alimentação tradicional e artesanato. “Na nossa região da Volta Grande do Xingu, não temos projetos de turismo que tragam renda para as comunidades da região. Esse projeto é para que essas portas sejam abertas a visitantes”, disse.  

Sobre o Projeto Floresta+ Amazônia – É uma iniciativa de cooperação internacional liderada pelo Governo brasileiro, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o PNUD e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com financiamento do Fundo Verde para o Clima (GCF). O projeto busca gerar renda para comunidades locais, fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, reduzir o desmatamento, recuperar áreas florestais e impulsionar a economia verde na região amazônica.

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